O tema é sempre atual, trata-se da eterna luta dentro de uma agência, os atendimentos tentando enlouquecer os redatores. São dicas para um atendimento chegar ao seu objetivo com mais, digamos, eficiência.
Na cola do famoso texto que circulou pra caramba pela web, o “como enlouquecer um designer” (de Ghislain Roy), Clarisse Ilgenfritz resolveu fazer a versão redator publicitário. Se é que ainda não foi feito, o que acho dificil. Mas, seja como for, deu vontade. Então, lá vai.
Trabalho inútil
Antes mesmo de apresentar ao cliente, diga ao redator publicitário que ele deve diminuir ainda mais o texto do anúncio, porque os leitores de jornais e revistas simplesmente não leem. E, se ele der uma resposta maleducada do tipo “então, pra que texto?”, responda que é para compor melhor o layout. Para terminar o papo, coloque seu iPod e saia da sala ouvindo Zezé de Camargo e Luciano.
Título triturado
Sente-se ao lado do redator e do diretor de arte, diante do computador, e vá tirando do título do anúncio todos os charmes que o redator colocou para deixá-lo coloquial e personalizado. Até chegar a algo simples e direto, sem sal, sem diferencial, sem porra nenhuma. Daí peça para o redator fazer um novo título, pois o cliente quer algo coloquial e personalizado.
Linhas poéticas
Peça textos poéticos, peça o furor de uma alma inquieta, peça delicadeza e paixão, peça toques literários, peça riqueza, drama, envolvimento e lirismo. Depois, ao ler o fruto do trabalho do pobre candidato a poeta, caia na risada acintosamente e diga que ele ficou doido, escrevendo aquele monte de bobagens piegas, com palavras repetidas, coisa mais ridícula! No amigo secreto da agência, dê de presente um livro de poemas parnasianos de Olavo Bilac para ele.
Texto de grego
Envie ao redator o texto criado pelo próprio cliente, dizendo que é só para enriquecer o briefing. E não aceite nada que fuja daquelas mal traçadas (mal traçadas mesmo) linhas. Não deixe ele se afastar nem um milímetro do texto do cliente. Ressalte a beleza de uma frase fajuta do texto do cliente como se fosse obra de gênio. Repita esta frase imbecil a cada nova reunião sobre a campanha. Repita esta frase até mesmo no elevador, se possível.
Obvio ululante
Quando estiver solicitando um trabalho para o redator, já a começar pela reunião de pauta, use e abuse de coisas óbvias, esquizofrênicas e antagônicas como: “faça um texto bem publicitário”; “precisamos vender o produto”; “o anúncio tem que ser ser direto”… e o clássico dos clássicos: “o cliente quer um texto criativo”. E, quando estiver saindo da sala, não se esqueça de citar alguma frase do Paulo Coelho. Mas atenção, para sua própria segurança, é melhor sair rápido da sala. A reação pode ser violenta.
Slogan exemplar
Ao analisar as propostas de slogans conceituais que o redator criou para aquele restaurantezinho xinfrim ou o posto de gasolina situado onde o diabo perdeu as botas, diga logo de cara que está tudo muito grande e cite exemplos como o “é isso aí” da coca cola ou o “do it” da nike. Insira slogans em suas falas, dizendo que quer um slogan que “desça redondo” e que o cliente “ama muito tudo isto”. Encerre animando o redator, dando aquele apoio a ele, soltando uma charmosa piscadela de olho e dizendo: “yes, you can!”
Se conhecer mais dicas coloque nos comentários
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Na cola do famoso texto que circulou pra caramba pela web, o “como enlouquecer um designer” (de Ghislain Roy), Clarisse Ilgenfritz resolveu fazer a versão redator publicitário. Se é que ainda não foi feito, o que acho dificil. Mas, seja como for, deu vontade. Então, lá vai.
Trabalho inútil
Antes mesmo de apresentar ao cliente, diga ao redator publicitário que ele deve diminuir ainda mais o texto do anúncio, porque os leitores de jornais e revistas simplesmente não leem. E, se ele der uma resposta maleducada do tipo “então, pra que texto?”, responda que é para compor melhor o layout. Para terminar o papo, coloque seu iPod e saia da sala ouvindo Zezé de Camargo e Luciano.
Título triturado
Sente-se ao lado do redator e do diretor de arte, diante do computador, e vá tirando do título do anúncio todos os charmes que o redator colocou para deixá-lo coloquial e personalizado. Até chegar a algo simples e direto, sem sal, sem diferencial, sem porra nenhuma. Daí peça para o redator fazer um novo título, pois o cliente quer algo coloquial e personalizado.
Linhas poéticas
Peça textos poéticos, peça o furor de uma alma inquieta, peça delicadeza e paixão, peça toques literários, peça riqueza, drama, envolvimento e lirismo. Depois, ao ler o fruto do trabalho do pobre candidato a poeta, caia na risada acintosamente e diga que ele ficou doido, escrevendo aquele monte de bobagens piegas, com palavras repetidas, coisa mais ridícula! No amigo secreto da agência, dê de presente um livro de poemas parnasianos de Olavo Bilac para ele.
Texto de grego
Envie ao redator o texto criado pelo próprio cliente, dizendo que é só para enriquecer o briefing. E não aceite nada que fuja daquelas mal traçadas (mal traçadas mesmo) linhas. Não deixe ele se afastar nem um milímetro do texto do cliente. Ressalte a beleza de uma frase fajuta do texto do cliente como se fosse obra de gênio. Repita esta frase imbecil a cada nova reunião sobre a campanha. Repita esta frase até mesmo no elevador, se possível.
Obvio ululante
Quando estiver solicitando um trabalho para o redator, já a começar pela reunião de pauta, use e abuse de coisas óbvias, esquizofrênicas e antagônicas como: “faça um texto bem publicitário”; “precisamos vender o produto”; “o anúncio tem que ser ser direto”… e o clássico dos clássicos: “o cliente quer um texto criativo”. E, quando estiver saindo da sala, não se esqueça de citar alguma frase do Paulo Coelho. Mas atenção, para sua própria segurança, é melhor sair rápido da sala. A reação pode ser violenta.
Slogan exemplar
Ao analisar as propostas de slogans conceituais que o redator criou para aquele restaurantezinho xinfrim ou o posto de gasolina situado onde o diabo perdeu as botas, diga logo de cara que está tudo muito grande e cite exemplos como o “é isso aí” da coca cola ou o “do it” da nike. Insira slogans em suas falas, dizendo que quer um slogan que “desça redondo” e que o cliente “ama muito tudo isto”. Encerre animando o redator, dando aquele apoio a ele, soltando uma charmosa piscadela de olho e dizendo: “yes, you can!”
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